
SINOPSE
Dois atores têm uma missão: criar um espetáculo.
Partem de um texto — o Sermão de Santo António aos Peixes, do Padre António Vieira.
Mas rapidamente surgem dúvidas, discussões, desacordos.
Será este texto ainda relevante? E para quem?
Entre ideias divergentes, personagens em construção — alunos, peixeiras, ou... peixes? — e ensaios caóticos, o processo criativo ganha vida própria.
As palavras de Vieira começam a ecoar e transformar tudo à sua volta.
O que parecia ser apenas um exercício teatral torna-se numa viagem inesperada, repleta de humor, crítica e descoberta.
Como se faz um espetáculo?
E o que significa falar aos peixes hoje?
Descobre que, por vezes, é no conflito que nasce a criação.
O ESPETÁCULO
O sermão de Sto. António aos peixes sempre foi um texto intemporal, talvez porque a sociedade, apesar da sua evolução natural, nunca se tenha transformado realmente. Com este espetáculo quisemos colocar-nos no lugar do aluno, pensar como será para ele ouvir e estudar estas palavras escritas num tempo tão distante do seu. Também nós já estivemos naquele lugar, sentados numa sala de aula a sermos apresentados ao Padre António Vieira. E como tantos outros alunos, sentimos dificuldade em perceber de facto o que é que este texto significa. O que está por detrás da metáfora? Por essa mesma razão, sentimos que um espetáculo de teatro - que seja próximo dos alunos- seja uma ferramenta importante para os ajudar a compreender a mensagem deste sermão.
Questionando também a colonização e os seus signos e símbolos que se mantêm até hoje.

FICHA ARTÍSTICA
Texto, criação e concepção plástica |
Maria Teresa Barbosa e Miguel Magalhães
Desenho cenográfico | Dóris Marcos
Registo fotográfico e Vídeo |
Bruno Nacarato/AV82
















